18 abril 2011

AGORA EU SEI.



Agora eu sei como é.
Este último fim de semana foi inesquecível, maravilha. Mar, ave e ilha (apesar de ter acontecido no asfalto).
Foi daqueles fins de semana em que se pode estar perto do limite (antes ou depois dele) o tempo todo. Daqueles que a única tristeza é quando você para e pergunta:
Quem desligou a roda gigante, logo agora que eu ia dar um looping com a cadeirinha?
Teoricamente era uma competição. E realmente tinha algumas pessoas competindo, muitas sem saber contra o que ou contra quem.
Mas o filme que se passava em minha volta, aliás, em volta, por dentro, por baixo e por cima, tratava de muitos outros assuntos. Pelo menos o meu lado competitivo ficou em casa. O que estava valendo era a quantidade e a qualidade da adrenalina. Gentilezas, sorrisos, nervos a flor da pele, no bom sentido é claro, muitos amigos (velhos e novos). Dois dias azuis e brancos impressionantemente claros. Posso até arriscar que rolava uma benção. Pelo menos parece que o tal do Lourenço gosta de moto e de enroscar o arame.


Sabe aquela historia de se transportar para dentro de um capacete? Pois é, desta vez eu estava de olhos abertos. Estava parecendo tanto com meus sonhos que na primeira volta, parei a moto e dei uma pancada no capacete. Só para saber se realmente estava acordado. Até agora tenho dúvidas.

Já acelerei e muito várias motos. Gosto da adrenalina que vem com isso. Mas, como falei, a qualidade dessa adrenalina produzida na pista é muito boa, não dá ressaca. E vem em doses cavalares. O tipo do parquinho que eu gosto. Muito bom. Espetacular.
Meu irmão, agora eu sei o que o velhinho (Burt Munro) poderia estar sentindo dentro das calças.
Tinha um público até bem razoável. Estranho é que quando eu estava alinhado para acelerar e também quando estava acelerando (o máximo possível sempre) a galera sumia completamente. E só voltava quando eu fazia o retorno. Parecia até que eram hologramas e que os organizadores desligavam a máquina de projeção durante a arrancada.
Não dá para pensar em nada e o campo de visão diminui muito. O trambolho vibra cada parafuso debaixo de você. E quando a luz verde apaga vem a explosão e a implosão juntas.
Alguns milésimos você pensa se vai quebrar alguma coisa, alguns milésimos você lembra o que tem que fazer, mas depois some tudo e ai você e a moto viram uma coisa só. A gasolina se mistura com a adrenalina e vrauuuuuu. Pena que é rápido.
Ai é fácil imaginar uma pista de 201 metros com trinta quilômetros de extensão.


Este fim de semana estive no São Lourenço, no Megacycle, nas arrancadas. E posso dizer, é o tipo da coisa para ser usada sem moderação. Pena que é rápido e alguém desliga a roda gigante.



Um comentário:

  1. Paulinho ,

    Meu CAMARADA!!! PARABENS pela colocacao!!!!!!
    Valeu, pena que eu nao estava por la para torcer!!!!! Ano que vem tem mais!!!

    Abracao,

    Fred

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