15 dezembro 2010
16 novembro 2010
Na Estrada
Bom dia, mesmo que seja de tarde ou de noite.
É sempre assim quando estamos ou estaremos na estrada. Mas para mim não era desta maneira que funcionava a coisa.
Pois é, quando mais novo a estrada era um meio. Era parte do processo de libertação. Impetuoso, apesar de estar gostando da sensação de estar viajando, não conseguia me liberar e sentir prazer. Costumava descrever o fato como um túnel de fuga, Onde só se tem como objetivo o outro lado.
Certamente outros destinos e muito mais facilidade de alcançar lugares com pouca interferência dos homens. Diga-se de passagem, quantos lugares alucinantes conheci e quantas viagens espetaculares me foram permitidas. Sou muito grato.
Mas o caso é que, por outro lado, penso que perdi grande parte dessa história só pelo fato de ser imaturo. Não abrindo os olhos e a mente.
Hoje em dia percebo que o destino é só um motivo. Tem que ser um bom motivo é claro. Mas é só um motivo.
Veja só, quando começo a planejar a viagem, já estou a caminho. Quando tenho que consertar ou preparar minha moto (quase sempre é consertar), já estou viajando. Tudo faz mais sentido.
Consigo conectar todos os fatos e situações que se me passam. E percebo que estou na estrada o tempo todo. Muito bom.
Mesmo quando passo por um lugar que já conheço, nunca é a mesma coisa. Tem sempre algo diferente. A própria luz é sempre diferente. E isso começa quando acordo e vou para a oficina. Todo dia é diferente. Muito bom de novo.
Na verdade percebo que estou sempre vivendo várias estradas simultaneamente. Até porque meu trabalho e consertar motos que vão (ou não) para a estrada. Ou mesmo que são representativas da viajem de alguém. Então a cada parafuso apertado ou martelado sinto como se fosse um preparativo. Partes do processo de uma viajem.
Outra por exemplo é minha filha. Meu amigo ela é uma estrada maravilhosa, de curvas e surpresas espetaculares o tempo todo. E o melhor, a velocidade aumenta a todo instante. Na verdade este não é um exemplo e sim a minha estrada principal. Aquela que conecta todas, aquela que traz sentido. Estar nesta estrada é só o que quero. Mesmo porque, quando nos sentimos bem fazendo alguma coisa, temos vontade de fazer por melhorar.
O que eu quero dizer é que o comprometimento com as nossas estradas é na verdade a melhor das ferramentas para tratarmos do aprimoramento delas. Todas elas. E tem uma coisa que não sai da minha cabeça, eu adoro quando a estrada está lisa, limpa e bem sinalizada. E adoro mais ainda quando participo do processo de melhoria.
O que quero dizer o tempo todo, é que é muito bom estar “na estrada” ou seja, conectado o tempo todo. Mesmo quando a coisa quebra.
É sempre assim quando estamos ou estaremos na estrada. Mas para mim não era desta maneira que funcionava a coisa.
Pois é, quando mais novo a estrada era um meio. Era parte do processo de libertação. Impetuoso, apesar de estar gostando da sensação de estar viajando, não conseguia me liberar e sentir prazer. Costumava descrever o fato como um túnel de fuga, Onde só se tem como objetivo o outro lado.
Certamente outros destinos e muito mais facilidade de alcançar lugares com pouca interferência dos homens. Diga-se de passagem, quantos lugares alucinantes conheci e quantas viagens espetaculares me foram permitidas. Sou muito grato.
Mas o caso é que, por outro lado, penso que perdi grande parte dessa história só pelo fato de ser imaturo. Não abrindo os olhos e a mente.
Hoje em dia percebo que o destino é só um motivo. Tem que ser um bom motivo é claro. Mas é só um motivo.
Veja só, quando começo a planejar a viagem, já estou a caminho. Quando tenho que consertar ou preparar minha moto (quase sempre é consertar), já estou viajando. Tudo faz mais sentido.
Consigo conectar todos os fatos e situações que se me passam. E percebo que estou na estrada o tempo todo. Muito bom.
Mesmo quando passo por um lugar que já conheço, nunca é a mesma coisa. Tem sempre algo diferente. A própria luz é sempre diferente. E isso começa quando acordo e vou para a oficina. Todo dia é diferente. Muito bom de novo.
Na verdade percebo que estou sempre vivendo várias estradas simultaneamente. Até porque meu trabalho e consertar motos que vão (ou não) para a estrada. Ou mesmo que são representativas da viajem de alguém. Então a cada parafuso apertado ou martelado sinto como se fosse um preparativo. Partes do processo de uma viajem.
Outra por exemplo é minha filha. Meu amigo ela é uma estrada maravilhosa, de curvas e surpresas espetaculares o tempo todo. E o melhor, a velocidade aumenta a todo instante. Na verdade este não é um exemplo e sim a minha estrada principal. Aquela que conecta todas, aquela que traz sentido. Estar nesta estrada é só o que quero. Mesmo porque, quando nos sentimos bem fazendo alguma coisa, temos vontade de fazer por melhorar.
O que eu quero dizer é que o comprometimento com as nossas estradas é na verdade a melhor das ferramentas para tratarmos do aprimoramento delas. Todas elas. E tem uma coisa que não sai da minha cabeça, eu adoro quando a estrada está lisa, limpa e bem sinalizada. E adoro mais ainda quando participo do processo de melhoria.
O que quero dizer o tempo todo, é que é muito bom estar “na estrada” ou seja, conectado o tempo todo. Mesmo quando a coisa quebra.
10 outubro 2010
08 outubro 2010
Ferrugem e óleo queimado
Hoje completei três dias mexendo em uma Shovel.
Uma daquelas tradicionais motocicletas montadas de balde. Daquelas que a maioria das peças não se conhece ou são inimigas de infância. Um real exemplo do mau uso do martelo.
Na verdade um perfeito retrato de uma realidade da maioria das Harleys antigas. De quando os únicos recursos disponíveis eram criatividade, coragem e paixão. A habilidade para montar as sucatas compradas nos leilões nem sempre estava nas mãos. Literatura, fórum, blogs......!? Sem falar em peças e catálogos. A coisa era linda.
Eu sei que isso não é novidade. Mas despertou em mim um questionamento, ou melhor, uma dúvida bastante apropriada. Tecnicamente tentar fazer uma moto dessas “falar” é um desafio e demanda muito tempo e atenção. Praticamente o dobro ou mais de trabalho a ser aplicado em uma moto nova. E não é possível cobrar o valor relativo. Ai vai a questão; Vale a pena encarar esses desafios?
Certamente do ponto de vista comercial não vale nem chegar perto. Até por que, como mecânico, só de estar do lado de uma dessas motos elas vão dar algum trabalho. E quase sempre é inoportuno.
Mas por outro lado....
Eu acho importante, aliás, muito importante lembrarmo-nos de coisa essenciais. Tais como respirar fundo, comer devagar, fazer as próprias ferramentas e principalmente lembrar que as coisas “simples” e antigas são, no mínimo, a razão das coisas modernas existirem.
No meio do processo, normalmente navego por muitos tipos de sensações. Raiva, dor, frustração, criatividade, dúvida, angustia, cansaço, mais criatividade e finalmente alegria. As vezes por pouco tempo. No final das contas este é um tipo de enriquecimento ou de aprendizado que devemos passar. Como em outras situações da vida. E quando a raiva acaba eu até fico orgulhoso e emocionado de ver a velhinha funcionando.
Do ponto de vista técnico, uma coisa é certa, sempre que passo uma dessas saio com um sentimento de que estou um pouco melhor. Pode até não ser verdade. Mas é verdade que sempre aplico alguma coisa que apendi ou lembrei nos procedimentos de mecânica atuais. E isso me ajuda muito, principalmente nos diagnósticos. OU seja, de vez em quando, vale a pena um bocado de ferrugem e óleo queimado.
Bom, parece que meu próximo desafio vai ser uma Flat Head. Ai jesusss.
Uma daquelas tradicionais motocicletas montadas de balde. Daquelas que a maioria das peças não se conhece ou são inimigas de infância. Um real exemplo do mau uso do martelo.
Na verdade um perfeito retrato de uma realidade da maioria das Harleys antigas. De quando os únicos recursos disponíveis eram criatividade, coragem e paixão. A habilidade para montar as sucatas compradas nos leilões nem sempre estava nas mãos. Literatura, fórum, blogs......!? Sem falar em peças e catálogos. A coisa era linda.
Eu sei que isso não é novidade. Mas despertou em mim um questionamento, ou melhor, uma dúvida bastante apropriada. Tecnicamente tentar fazer uma moto dessas “falar” é um desafio e demanda muito tempo e atenção. Praticamente o dobro ou mais de trabalho a ser aplicado em uma moto nova. E não é possível cobrar o valor relativo. Ai vai a questão; Vale a pena encarar esses desafios?
Certamente do ponto de vista comercial não vale nem chegar perto. Até por que, como mecânico, só de estar do lado de uma dessas motos elas vão dar algum trabalho. E quase sempre é inoportuno.
Mas por outro lado....
Eu acho importante, aliás, muito importante lembrarmo-nos de coisa essenciais. Tais como respirar fundo, comer devagar, fazer as próprias ferramentas e principalmente lembrar que as coisas “simples” e antigas são, no mínimo, a razão das coisas modernas existirem.
No meio do processo, normalmente navego por muitos tipos de sensações. Raiva, dor, frustração, criatividade, dúvida, angustia, cansaço, mais criatividade e finalmente alegria. As vezes por pouco tempo. No final das contas este é um tipo de enriquecimento ou de aprendizado que devemos passar. Como em outras situações da vida. E quando a raiva acaba eu até fico orgulhoso e emocionado de ver a velhinha funcionando.
Do ponto de vista técnico, uma coisa é certa, sempre que passo uma dessas saio com um sentimento de que estou um pouco melhor. Pode até não ser verdade. Mas é verdade que sempre aplico alguma coisa que apendi ou lembrei nos procedimentos de mecânica atuais. E isso me ajuda muito, principalmente nos diagnósticos. OU seja, de vez em quando, vale a pena um bocado de ferrugem e óleo queimado.
Bom, parece que meu próximo desafio vai ser uma Flat Head. Ai jesusss.
27 setembro 2010
" O que é a moto do Paulão?"
Neste último fim de semana, estava numa festa com amigos quando surgiu a seguinte pergunta “O que é a moto do Paulão?”.
Parece ser simples e de resposta imediata. Afinal de contas e no final das contas, não deixa de ser uma motocicleta. O problema é como, porque e por quem a pregunta foi formulada. E aí começa a trincar a coisa. Principalmente por que queriam que eu respondesse de pronto. Impossível, este é um assunto complexo, pelo menos a meu ver.
Rapaz, certos objetos supostamente inanimados, são ícones. Vide o meu querido martelo.
Neste caso, o da moto do Paulão, diria que temos que subdividir a resposta em partes.
1 ) Qual a marca da coisa?
“LOUREIRO DAVIDSON”
1A ) Por que?
Essa é simples. A Harley Davidson jamais será capaz de inventar, ou mesmo montar um modelo como esse. A coisa tem partes de quase todos os modelos desde a década de 70. Até os dias de hoje. Só o Paulão ( Loureiro ) tem essa capacidade.
2 ) Qual o modelo da moto?
( sem resposta )
3 ) Qual o ano?
Esta moto em particular começou a ser montada em 1903 por dois loucos que só entendiam de bicicleta. Não pode ser simples explicar um troço desses.
4 ) O que tem dentro do motor?
Começou a ficar punk. Não gosto muito de falar sobre as minhas virtudes como mecânico. Mas vou abrir exceção neste caso.
A biela é uma genuína “SBLEU” com meletróide acoplado. Comando “CATREFA 278”. Pistões “ÇÇ” de alta e baixa. Carburador “NÃO SEI” inglês. Ignição “CRYING DUCK” sequencial polarizada. E os cabeçotes são modelo primavera verão com corte em “V”.
Potência estimada em cento e poucos “ai jesusss” no final da reta.
Resumindo a moto é ESPETACULARRRR.
Evidentemente essas características acima não são o que melhor descreve a moto do Paulão. Por que não é com ferro nem com solda que se forja um a moto dessas. São necessários itens que não estão à venda. E o pior de tudo é que este tipo de moto tá acabando.
Meu amigo, se e quando alguém perguntar “O que é a moto do Paulão?”, tenha certeza de uma coisa: Este questionador do além está muito longe de entender o que estou falando.
Parece ser simples e de resposta imediata. Afinal de contas e no final das contas, não deixa de ser uma motocicleta. O problema é como, porque e por quem a pregunta foi formulada. E aí começa a trincar a coisa. Principalmente por que queriam que eu respondesse de pronto. Impossível, este é um assunto complexo, pelo menos a meu ver.
Rapaz, certos objetos supostamente inanimados, são ícones. Vide o meu querido martelo.
Neste caso, o da moto do Paulão, diria que temos que subdividir a resposta em partes.
1 ) Qual a marca da coisa?
“LOUREIRO DAVIDSON”
1A ) Por que?
Essa é simples. A Harley Davidson jamais será capaz de inventar, ou mesmo montar um modelo como esse. A coisa tem partes de quase todos os modelos desde a década de 70. Até os dias de hoje. Só o Paulão ( Loureiro ) tem essa capacidade.
2 ) Qual o modelo da moto?
( sem resposta )
3 ) Qual o ano?
Esta moto em particular começou a ser montada em 1903 por dois loucos que só entendiam de bicicleta. Não pode ser simples explicar um troço desses.
4 ) O que tem dentro do motor?
Começou a ficar punk. Não gosto muito de falar sobre as minhas virtudes como mecânico. Mas vou abrir exceção neste caso.
A biela é uma genuína “SBLEU” com meletróide acoplado. Comando “CATREFA 278”. Pistões “ÇÇ” de alta e baixa. Carburador “NÃO SEI” inglês. Ignição “CRYING DUCK” sequencial polarizada. E os cabeçotes são modelo primavera verão com corte em “V”.
Potência estimada em cento e poucos “ai jesusss” no final da reta.
Resumindo a moto é ESPETACULARRRR.
Evidentemente essas características acima não são o que melhor descreve a moto do Paulão. Por que não é com ferro nem com solda que se forja um a moto dessas. São necessários itens que não estão à venda. E o pior de tudo é que este tipo de moto tá acabando.
Meu amigo, se e quando alguém perguntar “O que é a moto do Paulão?”, tenha certeza de uma coisa: Este questionador do além está muito longe de entender o que estou falando.
22 setembro 2010
Continuando com o martelo
Antes de tudo ou será antes do nada? Vá lá.
Tenho que me corrigir, pois hoje durante o dia digitei errado um endereço e me deparei com um anúncio de uma palestra grátis. E o tópico era um curso para o “Martelinho de Ouro”.
Ou seja, tem curso para usuário de martelos sim. Eu só não sabia.
Mas este curso, inesperado que seja, não me tira a vontade de escrever sobre esta ferramenta maravilhosa. E eu falei que escreveria primeiro sobre a ferramenta e depois as consequências.
Pensei nisso o dia inteiro. E conclui que é uma tarefa meio difícil, mas vamos lá.
Pois é, tem gente que guarda aquela chuca de infância ou aquele carrinho todo destruído. Eu guardei o meu primeiro martelo. Que era chamado carinhosamente de “fataenfasuja”. E parece que a receita para se fazer fataenfasujas era:
Misture um ônibus com chiclete e mais outro ingrediente misterioso (ninguém nunca soube e eu esqueci) e pronto.
Meu amigo, as lembranças que este objeto me traz, são no mínimo, espetaculares.
Por exemplo, foi com ele que descobri o que tinha dentro do rádio do meu tio. É bem verdade que foi um pouco doloroso e também misterioso por muito tempo. O troço nunca mais falou!
Foi por causa dele que comecei a montar minha primeira caixa de ferramentas. Minha mãe disse que eu tinha três anos. E que sumiram todas as chaves da casa. Ferramentas de abrir. Bem, não é esta a história do martelo. Não a oficial. Que na verdade eu nem sei direito. Na realidade foi uma maneira de me apresentar um pouco. E dizer que tenho autoridade para falar desse assunto.
Hoje em dia (a quase tez anos) trabalho como mecânico, e posso dizer estou começando a fazer bom uso de martelos. Ou seja, estou quase virando mecânico. E posso explicar.
O martelo é tão básico que chega a ser deposto de sua importância dentro da oficina.
O fato é que saber manusear esta ferramenta é como se lembrar do porque você entrou para medicina. Pois é a gente esquece. Damos valor para o “scaner”, para o multíetro, o tal do dinamômetro e muitos outros. E esquecemos como é muito mais sólido quando percebemos como um determinado material, a ser empregado no motor, reage com o resto. Com possíveis impactos; marteladas.
E só agora começo a resgatar esta essência da minha profissão. E mais, é por causa do martelo e com o martelo que hoje em dia mato a minha curiosidade de ver o que tem dentro dos motores dos outros.
Boa noite.
Tenho que me corrigir, pois hoje durante o dia digitei errado um endereço e me deparei com um anúncio de uma palestra grátis. E o tópico era um curso para o “Martelinho de Ouro”.
Ou seja, tem curso para usuário de martelos sim. Eu só não sabia.
Mas este curso, inesperado que seja, não me tira a vontade de escrever sobre esta ferramenta maravilhosa. E eu falei que escreveria primeiro sobre a ferramenta e depois as consequências.
Pensei nisso o dia inteiro. E conclui que é uma tarefa meio difícil, mas vamos lá.
Pois é, tem gente que guarda aquela chuca de infância ou aquele carrinho todo destruído. Eu guardei o meu primeiro martelo. Que era chamado carinhosamente de “fataenfasuja”. E parece que a receita para se fazer fataenfasujas era:
Misture um ônibus com chiclete e mais outro ingrediente misterioso (ninguém nunca soube e eu esqueci) e pronto.
Meu amigo, as lembranças que este objeto me traz, são no mínimo, espetaculares.
Por exemplo, foi com ele que descobri o que tinha dentro do rádio do meu tio. É bem verdade que foi um pouco doloroso e também misterioso por muito tempo. O troço nunca mais falou!
Foi por causa dele que comecei a montar minha primeira caixa de ferramentas. Minha mãe disse que eu tinha três anos. E que sumiram todas as chaves da casa. Ferramentas de abrir. Bem, não é esta a história do martelo. Não a oficial. Que na verdade eu nem sei direito. Na realidade foi uma maneira de me apresentar um pouco. E dizer que tenho autoridade para falar desse assunto.
Hoje em dia (a quase tez anos) trabalho como mecânico, e posso dizer estou começando a fazer bom uso de martelos. Ou seja, estou quase virando mecânico. E posso explicar.
O martelo é tão básico que chega a ser deposto de sua importância dentro da oficina.
O fato é que saber manusear esta ferramenta é como se lembrar do porque você entrou para medicina. Pois é a gente esquece. Damos valor para o “scaner”, para o multíetro, o tal do dinamômetro e muitos outros. E esquecemos como é muito mais sólido quando percebemos como um determinado material, a ser empregado no motor, reage com o resto. Com possíveis impactos; marteladas.
E só agora começo a resgatar esta essência da minha profissão. E mais, é por causa do martelo e com o martelo que hoje em dia mato a minha curiosidade de ver o que tem dentro dos motores dos outros.
Boa noite.
21 setembro 2010
Por que martelo?
NA verdade eu sempre tive admiração e respeito por martelos. Não só pela ferramenta em si, mas pele influência que o martelo exerce em tudo.
Só que primeiro quero falar sobre a ferramenta.
Por exemplo, como são pretenciosos os fabricantes de "MULTI TOOLS". Pois como são inútis os martelos dos canivetes. Simplesmente só servem para estragar os canivetes, que ficam grandes, desengonsados e nada práticos.
Esta é uma ferramenta única. Não pode ser copiada, adaptada, digitalizada e ainda por cima não vale a pena ser globalizada. E apesar da aparência simples, é extremamente complexa.
Raros são os mecânicos,por exemplo, que sabem fazer bom uso do martelo. Outro exemplo, os funileiros estão em extinção.
Não tem escola de "marteleiro", de "martelador" ou melhor, de usuário de martelos. Não no Brasil.
Em alguns paises, ricos digasse de passagem, existem escolas onde se aprende a arte de restaurar, modificar e adaptar coisas, carros, motos ..... E uma das diciplinas mais difíceis é aquela que ensina a dar marteladas. Só tem uma coisa, é caro paca o tal do curso.
E eu imagino por que. Ensinar estes gringos desageitados e normatizados a dar uma porradinha de revesgueio de ser de dar nos nervos.
Bom, voltando ao aço frio. É fato e curriqueiro que o martelo é a mãe das ferramentas. 2001 uma odisseia bla bla bla ... Mas na verdade as pessoas não lembram que ele é o pai das profissões também.
Nos primódios, logo depois do macaco jogar o osso pra cima, todo mundo sabia martelar. Nem que fosse a cabeça dos outros.
Então o tempo foi passando e logo apareceu um pária desajeitado, que não servia nem para martelar, e inventou que era pagé, guru, semi deus ou seja, CHEFE. Só que o chefe teve que defender o posto. O que aconteceu? Teve que dar uma martelada na fussa de alguem. Tai o martelo moldando a coisa. Qual é mesmo a ferramenta que juiz usa nos tribunais?
Pois é, eu disse que ia falar da ferramenta e não do significado. Tá difícil, mas amanhã eu tento de novo.
Só que primeiro quero falar sobre a ferramenta.
Por exemplo, como são pretenciosos os fabricantes de "MULTI TOOLS". Pois como são inútis os martelos dos canivetes. Simplesmente só servem para estragar os canivetes, que ficam grandes, desengonsados e nada práticos.
Esta é uma ferramenta única. Não pode ser copiada, adaptada, digitalizada e ainda por cima não vale a pena ser globalizada. E apesar da aparência simples, é extremamente complexa.
Raros são os mecânicos,por exemplo, que sabem fazer bom uso do martelo. Outro exemplo, os funileiros estão em extinção.
Não tem escola de "marteleiro", de "martelador" ou melhor, de usuário de martelos. Não no Brasil.
Em alguns paises, ricos digasse de passagem, existem escolas onde se aprende a arte de restaurar, modificar e adaptar coisas, carros, motos ..... E uma das diciplinas mais difíceis é aquela que ensina a dar marteladas. Só tem uma coisa, é caro paca o tal do curso.
E eu imagino por que. Ensinar estes gringos desageitados e normatizados a dar uma porradinha de revesgueio de ser de dar nos nervos.
Bom, voltando ao aço frio. É fato e curriqueiro que o martelo é a mãe das ferramentas. 2001 uma odisseia bla bla bla ... Mas na verdade as pessoas não lembram que ele é o pai das profissões também.
Nos primódios, logo depois do macaco jogar o osso pra cima, todo mundo sabia martelar. Nem que fosse a cabeça dos outros.
Então o tempo foi passando e logo apareceu um pária desajeitado, que não servia nem para martelar, e inventou que era pagé, guru, semi deus ou seja, CHEFE. Só que o chefe teve que defender o posto. O que aconteceu? Teve que dar uma martelada na fussa de alguem. Tai o martelo moldando a coisa. Qual é mesmo a ferramenta que juiz usa nos tribunais?
Pois é, eu disse que ia falar da ferramenta e não do significado. Tá difícil, mas amanhã eu tento de novo.
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